A intolerância, a retórica de ‘rótulos’ moralistas e as simplificações grosseiras da realidade em uma visão calcada no maniqueísmo são indicadores da crescente falta de respeito ao professor. Primeiro, porque é um desrespeito aos nossos valores como educadores. Um desrespeito ao valor do argumento, ao rigor acadêmico, ao diálogo na construção do conhecimento. Segundo, porque é um desrespeito ao valor da pluralidade, ao valor da dúvida, ao espírito crítico que nutre a investigação científica. O discurso do moralismo se materializa na prática de ‘moralizar’ por meio da imputação de juízos de valor sobre a moralidade do outro. O seu uso quase sempre coincidiu com o autoritarismo, a discriminação e as perseguições. O comportamento dos grupos moralistas se assemelha ao das ‘massas de acossamento’. Todos querem participar do acossamento, cada um quer desferir seu golpe. A melhor resposta é o resgate do respeito. Trata-se do respeito ao diálogo, à diferença e à reflexão. É por isso que queremos fazer do nosso sindicato um espaço para exercitar também o respeito ao espírito crítico e plural que não se curva à indigência intelectual do ‘moralismo’, do maniqueísmo e da intolerância para com os colegas que pensam diferente de nós.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
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